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Justamente e a propósito, um dos anciãos disse que entre os primeiros demônios a nos assaltarem na luta estão aqueles que nos inspiram os desejos da gula, os que nos dispõem ao amor do dinheiro e aqueles que nos convidam a procurar a vanglória. Todos os outros demônios que vêm depois deles recebem todos aqueles que por esses foram feridos.
Teodoro, bispo de Edessa,
Capítulos 61
Precavei-vos contra o amor próprio, pai dos males, que é um amor irracional pelo corpo. Sem dúvida, dele nascem as três primeiras loucas tentações passionais: a gula, o amor pelo dinheiro e a vanglória, que usam como pretexto exigências do corpo; delas nasce toda a série dos males. É necessário, portanto, como se disse, prestar atenção e combater o amor próprio com muita sobriedade. Afastado esse, ao mesmo tempo são afastadas todas as tentações que dele provém.
Máximo o Confessor,
Sobre a caridade 2,59
Os alimentos foram criados por suas razões: para nutrir e para curar. Quem deles se serve fora dessas duas razões é condenado como aproveitador, porque abusa daquilo que foi dado por Deus para outro uso. E em todas as coisas o abuso é pecado.
Máximo o Confessor,
Sobre a caridade 3,86
A paixão da gula, usando o débil pensamento do prazer, privou de filhos as virtudes. Mata as sementes da temperança com a intemperança; destrói a eqüidade da justiça com a avidez; rompe a prática segundo a natureza do amor pelos homens por meio do amor próprio. Em síntese, a paixão da gula destrói todos os rebentos das virtudes.
Máximo o Confessor,
Sobre a teologia 7,57
A paixão da gula mata todos os rebentos das virtudes, mas ela mesma é morta pela graça da fé e da obediência aos divinos mandamentos, por meio da razão usada segundo reto conhecimento.
Máximo o Confessor,
Sobre a teologia 7,58
Se afugentas a gula, cuida do desejo de agradar aos homens, pois já se imagina na fantasia a palidez da própria face.
Talássio Líbico,
Sobre a caridade 4,30